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Capitulo 13 | My Favorite Demon | Capitulo 15
Why?
O silêncio tomara conta do lugar onde estávamos. Eu não ouvia
mais a voz de Marie, mas também não ouvia a de Sebastian. O cheiro de morte se
fazia cada vez mais presente e, com isso, trazia à tona memórias até então
esquecidas... Memórias do acidente...
— Mamãe! — Eu chamava
por ela na esperança de que isso fosse salvá-la, fazê-la se levantar de alguma
forma...
Os choros e gritos de
papai e mamãe se sobrepunham ao som do fogo que se espalhava rapidamente pelas
salas e corredores da mansão. Eu corria em busca de ajuda, qualquer um que
pudesse ajudar... Qualquer um...
Foi quando aquelas mãos
frias e fortes me seguraram pela primeira vez, meus olhos embaçados pelas
lágrimas encaravam o vermelho lascivo dos olhos à minha frente. O mordomo
pessoal do meu pai que, por algum motivo, tinha sido expulso da mansão naquela
mesma tarde agora me abraçava e passava a mão em meus cabelos. Ele, que sempre
manteve certa distância da filha de seu mestre, agora estava ali, tão perto...
Naquele momento percebi
que eu só tinha a Sebastian e ele sempre seria fiel a mim e somente a mim.
— My lady? — A voz de Sebastian me trouxe de volta ao
presente, abri os olhos e encarei o vermelho agora gentil de seus olhos. Eram
os mesmos olhos de tantos anos atrás...
— Sebastian...
Comecei, logo olhando para o lado e vendo o corpo mutilado de
Marie. Ela parecia ter sido atacada por um animal selvagem: o que restara da
cabeça estava jogado para longe do corpo, que estava igualmente agredido. Botei
a mão na frente da boca, tentando controlar a ânsia de vômito que a cena me
causara... Sebastian tinha mesmo feito aquilo?
— Não olhe, por favor, my lady... — Sebastian chegou mais
perto de mim, abraçando-me e me virando para o outro lado para tirar “aquilo”
do meu campo de visão. — Não quero que a senhorita veja algo tão repugnante,
ainda mais tendo isto sido feito por mim.
As mãos de Sebastian estavam molhadas. Sentia meu vestido
ficar umedecido onde ele estava tocando... Passou pela minha cabeça a imagem
das mãos dele sujas de sangue, as mãos que destroçaram um corpo com tamanho
ódio há poucos minutos e agora me abraçavam tão gentilmente.
Muitos poderiam achar isto nojento e repugnante mas... Eu
não.
Sebastian era um demônio, não importa o quão gentilmente ele
me trate ou quão doces sejam seus olhos... No fim, esta era
a natureza dele. Mas, mesmo sabendo disso, senti meu coração falhar uma batida
tão logo senti os braços dele ao meu redor.
Ele era o único em quem eu confiava e com quem eu sabia que
sempre estaria segura...
— Obrigada — Suspirei, deixando todo o cansaço que vinha
segurando tomar conta de mim e me levar “para os braços de Morfeu”.
Antes de pegar no sono por completo, lembro-me vagamente de
sentir os lábios frios de Sebastian em minha testa. O frio daquele toque
arrepiando-me de leve enquanto eu ia perdendo a consciência aos poucos.
Minha cabeça doía. Doía muito.
E o gosto estranho cada vez mais presente na minha boca me
fazia ficar cada vez mais enjoada e com ânsias de vômito. O que quer que fosse
aquilo em minha boca, era meio pastoso... Logo não aguentei e me sentei,
cuspindo aquilo e tossindo em seguida.
— O-oh! My lady, a senhorita está bem?! — A voz preocupada de
Marye saiu um pouco mais esganiçada que o normal, fazendo com que meus ouvidos
doessem um pouco num primeiro momento.
Eu assenti enquanto terminava de despertar, logo senti um
peso na minha cama, abri um pouco mais os olhos para ver que Alois acabara de
se jogar praticamente em cima de mim.
— Até que enfim você acordou! Sabe como eu estava
preocupado?! — Alois beliscou minhas bochechas enquanto fazia uma careta, logo
se sentando e me encarando com uma expressão mais séria. Essa bipolaridade do
meu primo era algo que eu nunca entenderia. —Como você está?
— Bom, estou viva — Só depois de dizer foi que me dei conta
de que não tinha sido tão engraçada quanto imaginei.
Antes que tivéssemos tempo de dizer qualquer outra coisa,
Sebastian entrou no quarto. Eu e Alois o encaramos por alguns segundos, até que
meu primo se levantou, atraindo minha atenção novamente.
— Eu tenho que ir para a fábrica agora, estamos com dificuldades
para escolher novos sabores para os lançamentos desta temporada... — Alois
desabafou num suspiro, logo olhando em meus olhos. — Melhoras, Luna, e... — Ele
olhou ligeiramente para Sebastian —...Cuidado. Vamos, Claude.
Só então percebi a figura esguia do mordomo de pé no canto do
meu quarto, ele acompanhou Alois silenciosamente, desviando de leve do ombro de
Sebastian quando passaram por ele.
Tão logo os dois saíram, Sebastian virou-se para Marye e
pigarreou, atraindo sua atenção.
— A mesa já está devidamente arrumada para o jantar?
— N-não, mas eu já estava indo arrumá-la — Marye levantou-se
apressada, quase derrubando alguns rolos de bandagem no chão. — S-se me dá
licença...
Ela fez uma reverência atrapalhada e saiu apressada para
cumprir a ordem de Sebastian. Ela, assim como os outros empregados, sentia um
medo compreensível de Sebastian que, sabendo disso, era até um tanto sádico às
vezes. Ele era responsável, como todo bom mordomo, mas às vezes expressava
demais seu ar “demoníaco” e era cruel com os outros fazendo com que eu tivesse
que intervir para evitar um assassinato sempre que algo não era feito com
perfeição.
— Eu apenas cumpro com meu dever como mordomo da família
Kyotsu — Ele fez uma pequena reverência — E me asseguro de que os demais empregados
também cumpram com seu dever.
— Você podia ser um pouco mais gentil, não? — Suspirei,
empurrando as bandagens que Marye tinha esquecido ao meu lado para longe.
— A senhorita sabe que algo assim é impossível para um
mordomo como eu, my lady. — ele disse sério, fazendo eu me sentir tola por
pedir tal coisa a um demônio. — E se é possível para um demônio ser gentil,
toda a gentileza que um demônio é capaz de demonstrar... Toda a gentileza que
seu servo é capaz de demonstrar...
Ele se aproximava da minha cama com passos lentos. Tão logo
estava perto o suficiente ele se abaixou um pouco, de forma que seu rosto
ficasse na mesma altura do meu e seus olhos pudessem olhar bem no fundo dos
meus.
—...Toda ela é só para você.
Ele disse a última frase quase que num sussurro, segurando
meu queixo com seu indicador e me impedindo de desviar o olhar.
Seus olhos me encaravam atentamente e seu rosto se aproximou
mais um pouco do meu, eu já conseguia sentir seu hálito frio batendo contra
meus lábios. Não conseguia me mover, minhas maçãs do rosto quentes e coradas
expressavam os pensamentos que passavam em minha mente naquele momento e,
talvez por isso, Sebastian sorriu. Um sorriso que eu não tinha classificado
ainda mas era bem familiar...
— P-por quê...?
As batidas do meu coração pareciam ecoar pelas paredes do meu
quarto, ou seria minha imaginação? Sebastian apoiou o joelho na cama,
inclinando-se ainda mais e ficando mais próximo.
— Porque a senhorita é minha — A voz de Sebastian era baixa
mas imperiosa, ele estava sério enquanto falava palavras tão possessivas para
um mordomo. — Quero ser o único a ser tão gentil com você...
Eu cheguei para trás, tentando escapar dos lábios de
Sebastian que estavam cada vez mais próximos dos meus. Eu queria sentir aquele
formigamento novamente, queria sentir o que só Sebastian era capaz de causar em
mim... Mas não, eu não podia me render assim às tentações de um demônio. Se
decidisse me entregar, não teria volta.
De repente uma dor terrível atingiu meu peito. Eu fechei os
olhos tentando controlá-la quando senti Sebastian erguer meu tronco levemente
para ajeitar um travesseiro e me deitar sobre ele.
— A senhorita não deveria se mexer muito... Os curativos vão
se soltar se fizer isso —Só então me dei conta da faixa que cobria um dos meus
seios, o sangue se espalhava lentamente pelo tecido branco.
Toquei o curativo com a ponta dos dedos, fazendo uma careta
por conta da dor que senti. Minha mão também estava enfaixada, além da unha
perdida eu devia estar com mais ferimentos...
Suspirei, passando a mão pelos cabelos. Por que raios isso
aconteceu comigo? De uma hora para outra ser raptada por uma SM e atacada desta
forma... Eu era uma caçadora de SM's, eu que tinha que caçá-los, não o
contrário. E... Sm's não “brincam” tanto com suas presas. Muito menos
ficam tão interessados no passado delas...
Algo estava errado.
Olhei para Sebastian, ele assentiu em silêncio, já ciente do
que se passava na minha cabeça. Ele me encarava pacientemente, talvez esperando
que eu chegasse a uma conclusão ou pensando em sua própria.
Olhei pela janela observando o sol bater nas árvores ao redor
da mansão... Como ela tinha entrado?
Como ela foi capaz de passar pelo faro de Pluto? Mais
importante, como ela passou por Sebastian?
Não fazia sentido.
— Sebastian? — Bufei, ajeitando-me na cama enquanto me
preparava, física e mentalmente, para o que estava prestes a dizer.
— Sim, my lady? — Ele tinha se levantado e estava de pé ao
meu lado. Uma posição estranhamente formal comparada ao que estava fazendo antes.
— Arrume as coisas, vamos até ele.
Olá! Obirgada visitar meu blog!!!
ResponderExcluirPOde deixar, eu não estou tendo mais stalkers. É que tinha escrito pq queria comentar sobre o meu passado... Mas sempre teremos que tomar cuidado... u.u
Ele me perseguiu pq não queria ficar sozinho, pois quando namorava comigo ele me disse que estava com vergonha de andar comigo pq os amigos dele zuavam na cara dele! Não entendi mais nada desse cara @_@ Afinal, o que esse cara queria de mim??
Kiss!
tsuki-no-shita.blogspot.com
Olá, Olá!
ResponderExcluirEstamos realizando uma pesquisa lá no Andar de Vampire Knight! você já respondeu? ainda não?
o que está esperando? ♥
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com certeza vai ajudar a melhorar os nossos desafios e deixar o andar cada vez mais divertido ♥
Kisses, Akemi.
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