7.1.12

Uchuujin (fanfiction)



Mesmo que ela não admitisse para ninguém, estava se tornando mais do que óbvio que Ayuzawa Misaki e Usui Takumi tinham alguma relação, por mais estranha que esta pudesse ser.
Se ela estivesse passando pelo corredor ou simplesmente sentada no jardim conversando com Sakura e Shizuko, era só o loiro aparecer e ela se esquecia completamente do que quer que estivesse fazendo. Tudo para perder-se naqueles orbes verdes que sempre a encaravam de um jeito sedutor e galante. Os mesmos orbes que, certas vezes, lhe pareciam pertencer a um demônio, mas acabavam sendo de seu anjo protetor.
Isso para não falar da sensação do toque dele em contado com sua pele. Ah sim, seu toque. Por mais simples e discreto que fosse para os outros, para ela era sempre um choque, algo que a eletrizava e a elevava a um outro patamar, como se ela estivesse flutuando, como se algo brilhasse em seu interior. Era tudo muito intenso e complicado, ao menos para ela, pois Usui parecia achar muita graça daquilo tudo.
– Você não entende, ele não é o cara certo pra você, Misaki-chan! – Shintani a sacudia pelos ombros em uma tentativa frustrada de convencê-la a se afastar do loiro.
– Oe, do que está falando?! – Ela sentiu seu rosto corar.
– Ele não é normal, você deveria tomar mais cuidado, Misaki-chan!
– Exatamente. Eu não sou igual a qualquer um, e é por isso que eu consegui o amor da Ayuzawa. – Usui aparece, de repente, por trás de ambos, livrando a presidenta das mãos do outro, puxando-a com um dos braços.
– C-como é, Usui?! – Ela realmente sentia seu rosto queimar, agora.
– Por que fala com tanta confiança se vocês não estão namorando?!
– Nosso amor é algo futurístico, não precisaria ser de imediato. – Ele não desfez seu sorriso costumeiro. – Note que eu disse precisaria, pois ele é algo presente mesmo assim.
– Usui!! – Misaki não sabia se era possível sua face estar mais vermelha do que já estava. – V-vá para a sua sala agora!! – A presidenta começou a empurrar o loiro na direção das salas, afastando-se do amigo.
E daí se seu amigo de infância não gostava da companhia de Takumi? Isso não significava que ele era uma pessoa ruim. Só mostrava o quão Shintani não o entendia e nem seu amor por Misaki.
– Ufa, finalmente terminei isso… – Ayuzawa suspirou cansada, debruçando-se sobre a mesa da sala do conselho estudantil.
Era um dia de folga do Maid Latte e ela tinha ficado na escola até um pouco mais tarde para terminar de escolher e organizar algumas coisas do conselho. Sentia-se aliviada por ter terminado todas as pendências e já poder ir para casa. Como havia liberado Yukimura e Kanou mais cedo, tentando convencê-los de que daria conta de tudo sozinha, havia sobrado muito mais trabalho para ela fazer do que imaginava.
Levantou a cabeça e mirou o céu, este já escurecendo. Apoiou a cabeça em uma das mãos, divagando sobre o que faria ao chegar em casa, no dia seguinte e... Sobre Usui. Sacudiu a cabeça com o último pensamento.
“Por que diabos esse Alien Pervertido sempre aparece nos meus pensamentos?! Ele com certeza não pertence à esta dimensão!” – Ela segurou a cabeça entre as mãos, fechando os olhos. – Ele nem parece desse planeta...
– Falando sozinha, Kaichou?
– U-Usui!! – Ela quase pula da cadeira, tamanho o susto quando o viu parado na porta, seus olhos, agora, bastante arregalados em surpresa.
– Não acha que já trabalhou demais por hoje? – Ele se desencostou da porta e caminhou até onde a garota estava.
– E o que você está fazendo aqui há essa hora? – A morena se levantou da cadeira e apoiou os braços em sua cintura. – Já não devia estar em casa?
– Eu estava esperando por você, Kaichou.
– E-eu posso muito bem voltar pra casa sozinha. – Misaki começou a se desconcertar com a proximidade do rosto do loiro.
– Mas o céu já está escuro, não é seguro para uma dama voltar sozinha a essa hora. – Ele se aproximou mais dela, que deu um passo para trás.
– E-eu sei me virar, Usui! – Ela deu mais um passo para trás, sentindo finalmente a parede contra suas costas.
– Você é forte, Kaichou, mas não deveria deixar que essa força fizesse com que você subestimasse os perigos do mundo.
– E-eu não preciso da sua ajuda, Usui... – Sua face tomou uma coloração vermelha e sua voz não soava com tanta autoridade como antes.
– Não diga isso, Misaki-chan. – Usui levou ma das mãos até o rosto da menina e fez um carinho nele. – Você pode precisar de mim algum dia.
– V-vá pra casa, Usui!
Ela conseguiu se desvencilhar dele e saiu apressada, e muito vermelha, da sala. O garoto apenas sorriu de forma tranquila, pôs as mãos nos bolsos da calça e saiu pouco depois.
Misaki chegou em casa atordoada, indo direto para seu quarto. Teria um teste na manhã seguinte e ainda tinha que terminar de estudar alguns assuntos. Abriu um livro, pegou algumas anotações e começou a lê-los. Fez uma pequena pausa para jantar e depois continuou estudando madrugada adentro.
Na verdade, não estava muito concentrada em seus estudos. Seu corpo estava em casa, em frente a muitos livros, mas sua mente vagava pelas memórias do dia. Usui não deixava seus pensamentos e a morena não queria admitir isso.
– Aquele Alien Pervertido idiota... – Suspirou cansada. – Não vou deixar que me supere no teste de amanhã! – Ela terminou a fala com bastante convicção, se esforçando mais nos seus estudos.
Depois da escola na manhã seguinte, ela foi trabalhar no Maid Latte como de costume. Como o café estava um pouco mais movimentado como de costume, Usui fora convocado para ajudar na cozinha novamente, o que não agradou muito Misaki. A presidenta acreditava que nada no mundo a faria mudar de opinião quanto a Usui, que ele era um ser alienígena de outro mundo, quem sabe outra dimensão.
O resto do dia foi tranquilo, apesar do movimento, e Misaki agora terminava de arrumar tudo, com a ajuda de Takumi, para poder fechar o café. Ela foi trocar de roupa enquanto Usui terminava de arrumar as coisas na cozinha. Logo ela aparece na porta da cozinha, já vestindo sua roupa normal.
– Já podemos ir?
– Claro, Kaichou. – O loiro respondeu, fechando a última gaveta e apagando a luz do local em seguida.
Ele passou por ela na porta e os dois caminharam até a saída dos fundos. As luzes já estavam todas apagadas e o café se encontrava bem escuro. Se não já estivesse acostumada com onde tudo ficava, teria se batido em muita coisa pelo caminho até a porta. Mas, como seu amigo não era um objeto inanimado que estava sempre ali, ela acabou por esbarrar nele.
– Ai! Não pare assim de repente, Usui! – Ela tentava enxergar o rosto dele, mas, com a escuridão do local, não o via direito.
– Desculpe, Kaichou. – Um sorrisinho maroto surgiu em sua face e Usui passou um braço em volta dela, aproximando os dois. – Eu não te vi.
– U-Usui, me solta! – Misaki encostou os punhos fechados no peito do loiro, tentando afastá-lo e sentindo seu rosto se aquecer.
– Não posso, Misa-chan. – Ele respondeu, seu rosto agora bem perto do dela, e sentiu que a morena tinha parado de empurrá-lo.
Misaki ia responder algo, mas logo o braço que estava em sua cintura subiu para sua nuca e ela sentiu seus lábios serem prensados contra os de Usui. A garota foi tomada pela surpresa nos primeiros segundos, mas logo já tinha fechado os olhos e começava a ceder ao beijo. Suas mãos se abriram aos poucos e uma delas acabou se perdendo nos fios loiros do rapaz, enquanto a outra segurava seu ombro. A mão livre de Usui foi parar em suas costas, subindo e descendo lentamente em um carinho.
Não demorou muito para que o loiro aprofundasse o beijo, claro que com um pouco de relutância da parte da presidenta, mas nada que não pudesse ser vencido. Era um beijo não muito apressado, que demonstrava mais o que cada um sentia em relação ao outro.
Por ser sempre a presidenta durona e irritada por for a, Misaki não dava uma chance aos seus sentimentos de verdade de serem revelados para quase ninguém, principalmente se fosse alguém da sua escola. Contudo, Usui era diferente. Ele não era qualquer aluno da sua escola. Ele era um alien pervertido, não pertencia a este mundo e, além disso, era algo como sua estrela da sorte. Sempre estava lá quando ela precisava, não importando para o que fosse.
Não muito depois que Usui descobriu seu segredo, ela tinha começado a sentir algo a mais pelo garoto. Ele era um dos poucos que conseguia a deixar tão sem graça e talvez o único que o fizesse com tanta facilidade. Além do que, o loiro já tinha dito para Misaki que gostava dela.
Seus batimentos se aceleravam quando ele estava por perto, certo rubor preenchia suas bochechas e às vezes ela se atrapalhava com o que quer que estivesse fazendo. Ela talvez não admitisse, mas Misaki queria ficar com ele tanto quanto Usui queria ficar com ela.
Tiveram que se separar quando o ar lhes fez falta. Misaki estava muito vermelha e tentava enxergar os olhos de Usui naquela escuridão. Ela sentiu a mão dele colocar uma mecha de seu cabelo para trás.
– Eu te amo, Ayuzawa. – Usui disse em um tom bem sincero, abraçando-a e afagando seus cabelos.
– Seu alien pervertido. – Ela respondeu, um tom falso de chateação na voz e correspondeu ao abraço. Usui riu. – Eu gosto de você também.
Ficaram assim por algum tempo e depois saíram da loja lado a lado. Usui insistiu para que dessem as mãos, mas Misaki gritou com ele e disse que podiam ser vistos. Ele não ficou chateado, sabia que esse era o jeito brigão dela, mas nem por isso deixou de a irritar o caminho inteiro até a casa dela. Quando eles já estavam no portão, ele se despediu com um selinho e foi embora, deixando uma Ayuzawa muito vermelha e sem reação para trás.
– S-seu Alien Pervertido! – Ela gritou quando se recuperou do choque.
Misaki apenas ouviu a risada dele se afastando, e respondendo algo como um “Eu também te amo, Misa-chaan~”. Ela esperou até que o loiro sumisse de sua vista e entrou em casa, indo direto para a cama. Talvez sonhasse com o alien pervertido que tanto amava. Afinal, ele era um ser sobrenatural, mas seu ser sobrenatural e seu alien pervertido.

Autora da fic: Kira-chan
Bem, eu amei esta fic, por isso coloquei aqui no blog para que vocês vissem. Eu só retirei algumas coisas (essa era uma songfic). Caso queiram ir para a página dessa fic é só clicar aqui.

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